Apple e Facebook querem que suas empregadas congelem seus óvulos
Facebook e Apple anunciaram recentemente sua intenção de oferecer a suas empregadas a possibilidade de congelar seus óvulos para adiarem a maternidade. As duas empresas cobrem todos os custos envolvidos, os quais totalizam 20.000 euros.
Embora os departamentos de Recursos Humanos tenham 'vendido' a ideia como uma maneira de apoiar a mulher, a realidade é que a mensagem enviada é a de que as mães não são bem-vindas. Uma pressão laboral e uma invasião da vida privada inaceitáveis.
A mensagem não só é negativa para as empregadas de ambas as empresas, mas para as mães trabalhadoras em geral que fazem um enorme esforço para conciliar sua vida profissional com sua vida pessoal.
Se essas empresas realmente quisessem apoiar as mulheres, não as forçariam a escolher entre a empresa e a maternidade. Por que não optaram por creches nas empresas ou por um bônus por cada nascimento?
A consultora legal e empresária Victoria Plynchon diz o seguinte em sua conta do linkedin:
Os empregadores de tecnologia de ponta e STEM (sigla em inglês para ciência, tecnologia, engenharia e matemáticas) não querem apenas as suas horas noturnas. Querem sua fertilidade (...) As mulheres merecem um trabalho amigável à família e não uma fábrica de óvulos.
Além disso, os procedimentos de estimulação ovárica são altamente invasivos para a mulher e só são recomendados cientificamente para casais com dificuldades de engravidar. Os estudos apontam graves riscos de trombose, paradas cardíacas, hemorragia ou até mesmo infertilidade.
Source: Postlatino