José e a Sagrada Família de Nazaré
- Caritas Christi
- 4 de fev. de 2013
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O ícone do “Regresso da Sagrada Família de Jerusalém à Nazaré” foi pintado por Kiko Argüello, iniciador do Caminho Neocatecumenal a pedido do Conselho Pontifício para a Família, por ocasião da II Jornada Mundial das Famílias no Rio de Janeiro (1997). Este ícone foi doado ao Santo Padre.

O ícone mostra o regresso da Sagrada Família a Nazaré, depois de o Menino haver sido encontrado no Templo. São José leva em seus ombros Jesus, que se lança rumo à Virgem Maria, sua Mãe. Ela durante o caminho entrega o pergaminho com a Palavra e sua missão, onde se pode ler, escrito em grego, o início do texto de Isaías 61,1-2: “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu…”.
São José leva em seu rosto a natureza refletida do Servo de Iahweh (do santo sudário) como sinal de que preparará Jesus para sua missão de Servo de Deus, que leva sobre si os pecados do mundo (Is 53).
A importância deste fato está sublinhada pelo Caminho Neocatecumenal, que o prega por todo mundo: “formai nas paróquias comunidades cristãs como a Sagrada família de Nazaré”, onde os cristãos, que receberam o batismo, mas que vivem suas vidas na infância, possam crescer até chegar a serem adultos “até Aquele que é a Cabeça” (Ef 4).
O fato de que Jesus adolescente seja levado nos ombros indicam a importância que tem o pai de família que prepara os jovens para a vida adulta. O ícone mostra a necessidade que o homem tem da família para fazer-se adulto, como nos foi revelado Deus na Família de Nazaré.
O Verbo de Deus, feito homem, unicamente sendo adulto pode levar à cabo sua missão e Deus revela que o lugar histórico onde o Filho de Deus se faz adulto é na Família de Nazaré.
O Gesto de São José que leva Jesus sobre os ombros se encontra já, embora raras as vezes, na tradição iconográfica antiga, por exemplo no mosaico da Igreja de Chora (Séc. XII), em Istambul, onde no regresso do Egito a Nazaré, São José leva o menino nos ombros e sua mãe os segue. O Gesto retomado por autores modernos, como por exemplo, Willian Dobson (1817 – 1878): num quadro seu São José leva nos braços o menino Jesus adolescente no regresso a Nazaré, depois do encontro com os doutores da Lei no Templo de Jerusalém (Tate Gallery de Londres).
O gesto da Virgem que entrega ao menino a Palavra, podemos encontrá-lo em muitos ícones da Igreja Ortodoxa, veja “Eleusa Kykkotissa”.
O nome vem do monastério de Kykko em Chipre, onde se vê a Virgem levando o menino, já crescido, nos braços e lhe entregando o pergaminho de Isaías. Ícones da Eleusa Kykkotissa se encontram em muitas partes do mundo, como no monastério de Santa Catarina no Sinai, que está próximo do monte das tentações, em Israel, embora o grande pintor russo Simon Usciakov, do século XVI, tenha pintado uma belíssima Kikkotissa que se conserva na Galeria Tretjakov de Moscou. Esse quadro inspirou o quadro da Virgem do Caminho Neocatecumenal.
O ícone do “Regresso da Sagrada Família de Jerusalém à Nazaré” mede 100 x 120 cm. Com madeira de carvalho, recoberto de pano de ouro, cozida e dourada para o bolo, está pintado ao óleo pelo pintor Francisco Argüello, iniciador do Caminho Neocatecumenal a pedido do Conselho Pontifício para a Família, em ocasião da II Jornada Mundial da Família no Rio de Janeiro (1997). Este ícone foi doado ao Santo Padre.
http://euvenhoreunir.blogspot.com/2013/02/sagrada-familia-da-nazare.html
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